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Ontem disputou-se o clássico Porto-Benfica no Estádio do Dragão que acabou empatado 1-1. O resultado não é brilhante, mas o jogo deixou-me uma sensação que há muito tempo não tinha – a de um Benfica com alma lutadora.
Se no jogo, ainda há menos de um mês, na Supertaça, nos apresentámos como tem sido nosso apanágio – medrosos, sem ideias, num marasmo total – ontem entramos com garra. Entramos com alma, sem medo, com vontade de ser um Benfica à Benfica.
Agradou-me muito a nossa defesa, que parece estar mais entrosada e a calma e segurança de Julian Weigl na posição 6, que tem sido tão negligenciada e negligenciadora do nosso jogo – e que matou quase todo o jogo de Sérgio Oliveira, um dos mais influentes jogadores portistas. Agradou-me a opção de Jorge Jesus de ter deixado Taarabt de fora, não só por não estar a cumprir os mínimos nos últimos jogos mas também porque a sua mania de achar que pode dar lambadas aos adversários enquanto disputa uma bola nos deixaria a jogar com 10 ali a roçar a meia hora de jogo, a correr bem.
Agradou-me a opção arrojada de colocar Nuno Tavares e Grimaldo a fazer o corredor esquerdo, que correu muito bem. E, nem acredito que estou a dizer isto, mas Pizzi portou-se como um verdadeiro capitão. Finalmente. Deu a lenha que tinha que dar, motivou a equipa, fez frente aos joguinhos mentais de Pepe quando teve que os fazer. Condicionou Marega logo ao início e, pasmemos-nos colectivamente, ajudou a defender.
Tenho pena que os nossos pontas-de-lança não tenham conseguido ser eficazes como se requeria. E mal esteve o treinador nas substituições, apenas colocando Luca Waldschmidt no final do jogo e não ter feito uma aposta também arrojada, aí aos 75′, em Gonçalo Ramos que com a capacidade de finalização que tem e a vontade mental de ganhar ao Porto que só um benfiquista de berço sabe ter poderia ter marcado o golo da vitória.
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Mas isto deixa-me mais contente. Cheirou-me a alma de campeão e nada bate isso. Agora é só ser sempre assim daqui para a frente. Será pedir de mais?
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