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Franco Cervi é um caso curioso no futebol do Benfica.
Quando chegou era uma grande promessa – dizia-se que era o novo Salvio, antes de Salvio dar cabo dos joelhos. Mas a verdade é que Cervi nunca se afirmou completamente no Benfica. Teve alturas em que era titularíssimo, outras em que parecia só romper banco – e até bancada.
Lembro-me de um jogo, na primeira época de Bruno Lage, em que é finalmente opção e até bisa – mas depressa perde de novo o fôlego.
Esta temporada, com todas as aquisições para o lugar de extremo, era até mais opção para lateral esquerdo, em alternativa a Grimaldo e Nuno Tavares, do que propriamente para a sua posição natural. Dizia-se que Jesus ia fazer dele o novo Maxi e que com a saída de um dos laterais em Janeiro o lugar seria dele, naturalmente.
Não aconteceu, é certo. E, quando tudo se preparava para a saída de Franco Cervi para o Celta de Vigo (para onde, graças a Deus nosso Senhor conseguimos empandeirar Facundo Ferreyra, que já começou até a marcar por aqueles lados), aparece um surto de covid-19 na equipa que relega toda a defesa para o estaleiro. E vai, Cervi, que é tua, que já tiveste covid para aí em Novembro.
Depois apanha os extremos. E vai Cervi, novamente. E mostra que, apesar das debilidades técnicas que tem, lhe sobra uma coisa que tem faltado imenso no Benfica – raça. Vai a todas, sem medos, sem preconceitos. Sente a camisola, ou, pelo menos, tem raça suficiente para fazer tudo pela equipa onde está.
E agora, que praticamente toda a equipa está disponível (do lugar dele apenas falta Rafa), em que poderia facilmente jogar Pedrinho ou Diogo Gonçalves naquele lugar, Cervi tem-se mantido titular e passou de dispensado a indispensável.
Agora se ele aprendesse a cruzar… Ai Cervi, se aprendes a cruzar!
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