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Roman Yaremchuk pode estar metido em mais lençóis e, consequentemente, penalizar também o Benfica.
O avançado ucraniano que foi o responsável por manter bem viva a eliminatória, marcando o segundo golo do Benfica e selando o empate, mostrou uma camisola onde era possível ver a brasão de armas ucraniano, numa altura que o país está em guerra com a Rússia.
O Tryzub (Tridente) que o avançado exibiu é o brasão de armas do seu país, compostos pelas cores da bandeira ucraniana: azul com amarelo.
As primeiras referências ao Tridente remontam ao século I D.C. Interpretado como um falcão, o brasão de armas tornou-se formalmente um símbolo ucraniano a partir da independência do país, e é visto como uma representação de poder, autoridade e força.
Aquilo que poderia ser apenas uma mensagem de apoio – como o próprio referiu no fim do jogo (ver declarações no fim do artigo) – pode trazer penalizações graves, ao abrigo da Lei 4 do jogo estão proibidas quaisquer manifestações políticas.
Neste tipo de casos, a mão da UEFA costuma passar apenas por multas, mas já houve casos de suspensões de jogadores e aqui a mensagem política é muito forte.
Declarações de Yaremchuk no fim do jogo
“A mensagem na camisola? Queria apoiar o meu país. Tenho pensado muito nisto (crise militar entre Ucrânia e a Rússia) e tenho medo do que está a acontecer. Quero apoiar um bocadinho o meu país. O clube está a apoiar-me, falou comigo e quis fazer de tudo para me ajudar. Agradeci, mas para já está tudo bem”.
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