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Foi numa extensa entrevista ao Jornal de Angola que Pedro Mantorras recordou pormenores da carreira e a relação especial que criou com o ex-presidente do Benfica.
« Perdi o meu pai de sangue, mas ganhei um pai adoptivo, que nunca me abandonou ao longo de todo esse tempo. Eu, no Benfica ganhava muito dinheiro, e recebia apenas 15%. O resto, ele guardava. Eu só tive acesso ao meu dinheiro aos 42 anos. O património que eu conquistei no futebol, foi graças a esse senhor […] Eu tinha uma conta conjunta com o presidente Luís Filipe Vieira, que, para ser movimentada, eram necessárias a assinatura dele e a minha. Chegou um dia em que ele me disse: ‘agora que acabaste de jogar, tens este património e este dinheiro na conta. Isso é fruto do dinheiro que eu te descontava e guardava. Está aqui todo o dinheiro. É teu. Faz com ele o que quiseres. Daqui em diante, levas a tua vida’», recordou o antigo avançado, que pelos encarnados, entre 2001 e 2011, marcou 31 golos em 129 jogos.
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«Sou muito grato ao ex-presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, que me fez o homem que sou hoje. Já lhe disse isso e já falei dele várias vezes. Ele, quando fala de mim, chora. E eu também me emociono ao falar dele. Somos gratos um ao outro. Ele fez-me o homem em que me tornei, com princípios de vida. Sou grato por ter encontrado essa pessoa no meu percurso. Eu podia ser apenas mais um, mas não, sou o Mantorras. Sou grato por tudo o que ele fez por mim e pelos meus. Deus iluminou o meu caminho, orientou-me e colocou esse senhor na minha frente, para orientar a minha vida. Eu saí de Angola, não sabia ler nem escrever em condições. Esse senhor matriculou-me na escola outra vez e ajudou-me a melhorar a maneira de falar o português. Fez-me voltar a estudar e acreditar que nunca é tarde para fazer as coisas na vida. E isso, vou levar para a minha vida toda?, recorda Mantorras.
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