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Se 2020, ano que todos já damos como um annus horribilis em todos os sentidos, tivesse uma imagem que o representasse seria a do plantel do Benfica na segunda metade da temporada. Ou, estão a ver o exacto contrário da segunda metade da temporada passada? Aquela que envolveu 0 derrotas, um histórico 10-0 e um campeonato ganho? Pois, foi o que aconteceu nesta. E ontem apenas coroou (entenderam, tipo corona? Não o jogador mas o vírus?) todo esse descalabro.
Confesso-vos que nem estive com muita atenção ao jogo. Estava com o feeling que íamos perder, o vinho branco estava fresquinho, o bacalhau muito saboroso e olhar para a televisão era das últimas coisas que me apetecia. Mas quando fazia o esforço via mais do mesmo – tudo péssimo.
Antes do jogo começar uma amiga enviou-me mensagem inquirindo do porquê de termos Chiquinho e Seferovic a titulares e Rafa e Vinícius no banco. Não lhe soube responder condignamente, apenas dizendo que temos mediocridade em todos os sectores e, ultimamente, em todos os jogadores, portanto nem interessa muito quem joga. Já com o jogo a decorrer outra amiga diz-me que o marido apelidou o jogo de “solteiros contra casados”. É quase isso. É incompreensível como conseguimos ser inferiores a um FC Porto fraco, falido e a jogar com 10.
É incompreensível como se mantém André Almeida e Pizzi a titulares, jogadores fracos, descomprometidos com o clube e que quando perdem uma jogada ou sofrem um golo se limitam a rir. E pior, são estes gajos que envergam a braçadeira de capitão quando o pré-reformado que temos no centro da defesa não está no campo! São estes gajos, sem vontade, sem amor, sem raça, sem garra, que são a cara do Benfica! Isto envergonha-me quase tanto como olhar para aquela camisola nova (que ontem já não me parecia laranja, mas rosa. vermelha não é com certeza). E resumindo muito, muito, muito, o 11 de ontem:
Odysseas – a precisar de aprender a sair da baliza;
André Almeida – ver supra;
Rúben Dias – o melhor, como sempre;
Jardel – a precisar da reforma;
Nuno Tavares – a precisar de um empréstimo;
Weigl – a precisar de um treinador;
Gabriel – a precisar de emagrecer;
Cervi – a precisar de ser adaptado a defesa-esquerdo;
Pizzi – a precisar de sair do clube;
Chiquinho – a precisar de compreender que não é jogador para o Benfica;
Seferovic – olhem, nem consigo identificar o que precisa. É demasiado mau.
Não fiquei contente com o regresso de Jorge Jesus, nem sequer estive de acordo com o seu regresso. Mas de uma coisa tenho a certeza – estas princesas mimadas que fazem parte do plantel do Benfica vão ficar com as orelhas a arder muitas vezes, isto se sequer ficarem no clube. Pode ser que se consiga devolver algum brio ao Benfica.
E, para terminar, deixo-vos com a conferência de imprensa pós-jogo, que esperemos que seja a última com este tipo de falta de vida, falta de sal, falta de Benfica, que temos assistido.
Que se inicie a limpeza.
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